terça-feira, 22 de maio de 2007

Vamos construir a nossa voz que carregue nossos desejos




Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseioQue a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a bocaPorque metade de mim é o que eu grito a outra metade é silêncio.Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristezaQue a mulher que amo seja pra sempre amada mesmo que distantePorque metade de mim é partida, a outra metade é saudade.Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervorApenas respeitadasComo a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentosPorque metade de mim é o que ouço a outra metade é o que calo.Que a minha vontade de ir embora se transforme na calma e paz que mereçoQue a tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensadaPorque metade de mim é o que penso, a outra metade um vulcão.Que o medo da solidão se afasteE o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportávelQue o espelho reflita meu rosto num doce sorriso que me lembro ter dado na infânciaPorque metade de mim é a lembrança do que fui a outra metade não sei.Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espíritoE que o seu silêncio me fale cada vez maisPorque metade de mim é abrigo a outra metade é cansaço.Que a arte me aponte uma resposta mesmo que ela mesma não saibaE que ninguém a tente complicar, pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescerPorque metade de mim é platéia a outra metade é canção.Que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amore a outra metade também.Metade (Oswaldo Montenegro)


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segunda-feira, 21 de maio de 2007

DIVERSIDADE E RESPEITO EM 5 MINUTOS


“5 MINUTOS”

Quanto tempo cinco minutos contém ?
Cinco minutos, é muito ou pouco tempo?

Nesse intervalo de tempo, quanta coisa pode ser dita? Em que tempo estamos e qual sua relação com o espaço? Tempo biológico pode ser traduzido em quantas batidas cardíacas por minuto? Tempo cronológico em quantos segundos por minuto? O tempo na contemporaneidade – um eterno “vir a ser”? E a arte, onde está ela neste contexto?


Os alunos dos grupos de teatro amador da Cia do Abração, estimulados por estas indagações, desenvolveram, através da linguagem da performance, experiências de formas expressivas baseadas na relação tempo x espaço.
O resultado disso foi o evento “Festival dos 5 minutos” , onde cada grupo teve este tempo para apresentação de performances artísticas que poderiam envolver as artes plásticas, as artes cênicas, a música e tudo aquilo que a imaginação e criatividade, fundadas em profunda e criteriosa pesquisa de dramaturgia, permitisse.


Esta foi a primeira experiência pública dos grupos de adultos e de crianças da Cia. Do Abração, em 2007, coordenados por Hélio de Aquino, Francisco Gaspar e Pauliane Ckroh. O evento teve início com uma “brincadeira-aquecimento” coletivo, coordenado pelos professores de teatro e pela professora de música Karla Izidro.





QUANDO: 19 de maio (sábado), às 15h00.


ONDE: na sede da Cia do Abração. Rua Paulo Ildefonso Assumpção, 725, Jardim Social. Fones:3362-9438, 3362-9595.

Deliciosa tarde repleta de criatividade